No Mês da Mulher, Lifetime Movies estreia “Desaparecida: A Verdade de Ruth Finley”, estrelado por Teri Hatcher

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Baseado em uma história real, o filme narra a história de uma mulher que se vê envolvida em uma série de ameaças e acontecimentos inquietantes ao mesmo tempo em que a polícia busca o serial killer conhecido como

ESTREIA: 15/3, sábado, 22h

O drama psicológico que o Lifetime Movies estreia neste sábado, Desaparecida: A Verdade de Ruth Finley, protagonizado por Teri Hatcher (Desperate Housewives, Lois e Clark: As Novas Aventuras do Superman) e Tahmoh Penikett (2 Corações), é baseado em uma incrível história real de uma dona de casa nos Estados Unidos que se torna o alvo de um misterioso perseguidor conhecido como “O Poeta”.

No final dos anos 1970, a vida pacata de Ruth (Teri) é abalada quando seu marido Ed (Penikett) sofre um ataque cardíaco, na cidade de Wichita, no Kansas. Enquanto ele luta pela sua vida no hospital, a esposa começa a receber ameaças misteriosas que a deixam em pânico. Ao mesmo tempo, a cidade é tomada pelo terror de um assassino em série conhecido como BTK – posteriormente identificado como Dennis Rader (James Ralph, Eu, Robô) –, chamado assim por seu método de matar: “amarrar, torturar, matar” (Bind, Torture and Kill). Ruth se vê envolta em paranoia, convencida de que será a próxima vítima, pois começa a receber ligações ameaçadoras, que logo se transformam em cartas assustadoras. Diante disso, Ruth faz uma denúncia para a polícia, de que está sendo perseguida e atacada por alguém que parece estar usando seus traumas do passado contra ela.

À medida que o medo dos assassinatos se espalha por Wichita, a história de Ruth começa a aterrorizar ainda mais a cidade, e a polícia se empenha para resolver seu caso. Em meio ao frenesi da perseguição policial a BTK, Ruth é sequestrada, causando grande comoção na comunidade. No entanto, sua reaparição repentina pouco depois do sequestro deixa os investigadores perplexos e em busca de respostas. Com o aumento das suspeitas e a descoberta de novas evidências, as autoridades começam a considerar a perturbadora possibilidade de que o responsável pode ser alguém intimamente ligado a Ruth.

“Sinto que foi muito importante para mim, como atriz, descobrir o máximo possível sobre a pessoa real para honrá-la e sua história. Há também uma perspectiva sobre ansiedade neste filme, algo com o qual todos nós podemos nos identificar. Quando essa história aconteceu, havia um serial killer à espreita, causando um nível muito alto de ansiedade em toda a comunidade. E no caso de Ruth, isso tem a ver com como esse ambiente pode afetar sua saúde mental, como as pessoas, ou ela em particular, conseguem lidar com isso e até que ponto a ansiedade toma conta dela“, disse Teri Hatcher em evento virtual do Lifetime para a imprensa.

A história de Ruth Finley

No final dos anos 70, Ruth Finley vivia em Wichita com seu marido, Ed, quando, em uma tarde, ele sofreu um ataque cardíaco. Enquanto Ed se recuperava no hospital, Ruth recebeu uma ligação de um homem desconhecido que, não apenas sabia seu nome, mas também detalhes precisos sobre seu passado.

A partir de então, ela começou a receber cartas e chamadas ameaçadoras com mensagens sinistras. Diante da persistência do assédio, denunciou os fatos à polícia, que chegou a considerar a possibilidade de que o responsável fosse o assassino em série conhecido como BTK.

As ameaças logo ultrapassaram as palavras. Ruth relatou fios de telefone cortados, um incêndio em uma guirlanda de Natal, a aparição de uma faca de açougueiro em seu escritório e o recebimento de objetos perturbadores em sua casa, como frascos com resíduos, cacos de vidro e pedaços de concreto. Muitas das cartas continham versos rimados, o que levou Ed a apelidar o perseguidor de “O Poeta”. A situação se tornou ainda mais alarmante quando Ruth afirmou ter sido sequestrada, embora tenha conseguido escapar. Depois, em 1979, foi atacada em um estacionamento e esfaqueada três vezes com um picador de gelo, o que a levou ao hospital.

Apesar dos esforços da polícia, não foram encontrados suspeitos nem provas conclusivas. No entanto, em 1981, um detetive fez uma descoberta surpreendente: o perseguidor estava muito mais perto do que imaginavam. Ruth foi flagrada enviando a si mesma uma das cartas ameaçadoras, o que levou à sua confissão. Ela admitiu ter orquestrado tudo, incluindo o ataque com o picador de gelo.

Por meio da terapia, Ruth compreendeu que seu comportamento tinha raízes em um trauma de infância. Em uma entrevista de 1994 com Oprah Winfrey, explicou que não havia sido diagnosticada com transtorno de personalidade múltipla, mas sim com transtorno de identidade dissociativa. Depois de receber tratamento, não houve mais incidentes de ameaças. Ruth Finley faleceu em 2019, aos 89 anos.

Desaparecida – A Verdade de Ruth Finley (The Killer Inside: The Ruth Finley Story, 2024, EUA)
Gênero: thriller, drama
Direção: Greg Beeman
Elenco: Teri Tatcher, Tahmoh Penikett, James Ralph

Classificação Indicativa: 14 anos